domingo, agosto 30, 2009

De pequenino se torce o bilro


Têm as mãos pequeninas e sabem jogar ao bilro

Trocam os fusos, fazem-nos saltar entre os dedos

e ouvem atentas a explicação da mestra:

seguir o traço do pique fixado com alfinetes

e fazer girar as cores com atenção

para não haver enganos...

Renovam-se as gerações e as rendas

Para que não se perca a memória

3 comentários:

Rocha de Sousa disse...

Fiquei emocionado com esta visita visual a um lugar tão raro e tão
bonito. Ajudei o Hugo Ferrão, hoje
professor de tapeçaria, a reanimar
as técnicas do bilro e dos teares
que existiam em Limões. As velhas
mestras ensinaram dezenas de rapa-
rigas num atelier que parecia me-
dieval, com a contribuição da Câmara. A resistência pela conservação destas culturas é impressionante, mas tudo
me leva a crer que não haverá no
futuro uma entrega tão ampla e
multidisciplinar.

M. disse...

Interessante como se mantêm pacientes. Raro nos dias de hoje. Em que pensarão enquanto mexem os dedinhos? Será um jogo para elas?

Rafael Almeida Teixeira disse...

"oooh mulher rendeira, me ensine fazer renda que eu te ensino a namorar"...

Belo post.


Afetuosos abraços.