as fogueiras levantaram o seu grito
e as aves, não temendo o vento nem a sede,
vieram até mim e falaram-me de um tempo
em que o sangue do poema
haveria de unir todos os lados do mar.
as Mães, então, entoariam
uma dulcíssima canção,
embalando as crianças
para sempre adormecidas nos seus braços.
depois, com gestos muito lentos, guardariam
a imensidão do seu amor
num pequeno lenço de rosas
e névoa.
esse foi o tempo que eu esperei e vivi
ou recordei,
durante a estação da grande quietude.
talvez fosse, agora, o momento de contar como as flores
da primavera
tudo inundam de vida, de luxúria, de cor
e de intensos aromas.
mas a minha voz perdeu-se numa esteira
de deserto
silente
Na sua Ínsua, a Aquilária dedicou-me este poema belíssimo e eu só posso retribuir-lhe a gentileza com flores desta Primavera.
5 comentários:
Encantadora partilha, de ambas: flores por poemas, qual deles o mais estonteante...
Aqui o recreio dos olhos e um afago de alma. Ambos com aplausos, é bom que os amigos troquem estas preciosidades!
é um poema muito bonito. de facto...
festivas as tuas fotos. belíssima a partilha
beijos
sem palavras para te agradecer, jawaa, entreabro a minha janela à primavera que aqui me ofereces.e que ela floresça sempre nas tuas mãos, em cujo gesto canta uma ave.
agradeço, também, os comentários ao poema e deixo um abraço.
Lindo poema! Aqui em meu país estamos no Outono. Minhas estações preferidas são Primavera e Outono.
Parabéns a Aquilária pela poesia lindíssima e a ti pelas fotos.
Beijos.
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