«Dar 80 euros a um idoso é um ultraje, é um insulto, em vez de dar os serviços que eles precisam, seja o apoio domiciliário, seja o lar e centro de dia, seja a residência. Isso é que eles precisam. Não precisam de 80 euros para irem beber cervejas, para irem comer doces (porque são diabéticos e ficam doentes), para serem roubados pelos filhos…»
Mª José Nogueira Pinto
Decerto parecem duras as palavras ditas/ouvidas/lidas por alguém que é representante político neste país. Não importa se é de um partido ou de outro, se é homem ou mulher. As palavras caem dentro de nós com a verdade que lhes assiste em toda a linha.
O novo século que emerge com a globalização tem de aferir também os políticos, nem só de direita ou de esquerda, mas antes pelos seus ideais de liberdade e de igualdade entre os homens, sem discriminações. Seguir-se o ideal cristão é muito mais forte do que ser-se católico romano ou anglicano, luterano, calvinista, sei lá quantos outros credos se instalaram como senhores da verdade por aí. Afinal, antes de ser-se Cristão, procuremos os ideais de humanidade entre Judeus, Cristãos ou Islâmicos. E há os outros, Budistas, Induístas, Confucionistas, cito nomes porque sei pouco, sei o suficiente. Sei que todos pregam o Amor, o Respeito, a Tolerância entre os Homens.
As verdades vão sendo ditas por vozes diferentes e respeitáveis da nossa sociedade também sobre a ESCOLA. A Escola que todos referem como responsável pelas mulheres e homens que serão os líderes do amanhã. A Escola a quem todos assacam responsabilidades. A Escola sobre quem todos têm uma palavra a dizer - eu já não tenho, porque ela para mim foi um lugar de afectos e essa Escola já não tem lugar. Mas ainda bem que se fala sobre ela, independentemente dos juízos sobre a mesma.
Sei o que é ter ideais de Educação, ideais de Democracia que não passam apenas por «eleições livres». É preciso entender que a Democracia funciona bem quando todos têm os mesmos valores dentro de si, o que designo aqui por Respeito e Educação, frente e verso da mesma folha.
A nossa Ministra da Educação passou pela Escola e não aprendeu o que é a Democracia. Não lhe ensinaram ou ela não compreendeu porque estava distraída. Ela devia ter aprendido que as regras ditadas pela democracia devem ser respeitadas em função da maioria. Têm de ser observadas com rigor, mas antes discutidas com seriedade, independentemente do desagrado de alguns. No final, pode não ter-se votado a favor, mas há que respeitar a decisão da maioria. O nosso governo é uma democracia - que eu saiba - não uma ditadura.
Como diria meu velho pai: com o látego as famílias dissolvem-se, não se consolidam.
6 comentários:
bravissimo texto. que gostaria ter escrito.
beijo
Um texto magnífico, que subescrevo,
matéria sobre a qual procurei in- formar-me, obtendo toda a documen-
tação da avaliação que a ministra
tanto defende. Ou oito ou oitenta:
tinham deixado os professores ao Deus dará e agora enchem-lhes a boca de papéis. As grelhas do IRS são benignas ao lado destas fichas que têm de ser preenchidas com pesado encargo de informação e pesquisa.
Não serve a ninguém, infelizmente,
e eu gostava muito de ver avalia-
ções de uma rede convivial, nas
próprias aulas, percursos de obser-
vação e prestação, sem estas imper-
tinências. Gostei de ouvir ontem,
na televisão, a sensata palavra de
quatro professores. Falavam sem acrimónia, mostravam conhecer os
assuntos. É verdade que há muito
manobrismo, de parte a parte, em tudo isto, mas esta pseudo-vanguar-
da pedia mais umas ponteiradas nas
orelhas
Rocha de Sousa
Estamos a viver tempos de valores subvertidos, de éticas esquecidas, de indiferença ao outro. Quando em nós a força de alterar o caminho??
(e encontramo-nos no Porto, sim!)
Até sábado:))
Venha conhecer os meus tios.
Muito obrigada pela atenção.
Excelente texto!
Subscrevo.
Beijinho.
Enviar um comentário