tout sera encore mieux
Même si j'ai plus qu''une dent
j'en grincerai joyeusement
Elle mordra dans la vie
avec la même envie
Même si j'ai plus qu'un cheveu
je le peignerai de mon mieux
J'irai lhe cheveu au vent
je prendrai du bon temps
je ferai des projets
des projets d'avenir
Et si ma mémoire m'oublie j'en profiterai
pour oublier de mourir
1º Prémio num concurso do Metro de Paris, Pierre Bichaud
As estações do ano deixaram de ser importantes até na língua portuguesa, passaram a escrever-se com letra minúscula. Já a natureza as tinha atirado para a vulgaridade das massas, já não se distinguem como outrora pelos rígidos limites do tempo dos homens.
Ainda assim, a chuva cai hoje por aqui e, mal digerido ainda o calor excessivo do verão passado, pé ante pé, o inverno anuncia-se, vai recordando que é preciso acautelar o combustível para a lareira, colher e rachar lenha, ou simplesmente engrossar a conta da electricidade ou do gás. Isto para aquela parte dos portugueses que ainda tem conta no banco capaz de cobrir as facturas que lá vão chegando, para os que têm lareira e fósforos e pinhas para a acender, para os que têm casa onde morar.
Sim, porque há muitos sem-abrigo por opção, por necessidade também, valha a verdade dos últimos factos. Depois, é uma questão de hábito. Não há renda de casa, impostos para pagar, não há IRS, IRC, IVA, IMI e mais outras iniciais – essas sim, com letra maiúscula! – para preencher por meios electrónicos porque escrever em papéis já foi tempo, ninguém sabe ler, muito menos escrever garatujas do século passado. Depois, há que ter em conta que o papel sai caro à Natureza, estão todos muito preocupados com isso, já que não há as outras inquietações, até há a sopa dos pobres que vai dando para o gasto, a obesidade grassa por aí e é uma boa oportunidade para combatê-la, diz o SNS. As férias são só no próximo verão, entretanto a banca lucrou milhões, os offshores (seja lá isso o que for) cresceram e multiplicaram-se tal como diz o Génesis na Criação do Mundo e nessa altura haverá mais facilidade para pedir empréstimos.
Não é meu hábito (não sou monge para usá-lo) este destilar de fel, mas por vezes apetece ser Frei Tomás, embora me falte a mim o verbo para remediar os males do nosso mundo. Quem sabe da China, incómoda e incorrecta, nos venha o apoio oferecido pelo Primeiro Ministro, algures por um dos países da nova Europa, que parece ter muito que aprender com a velha China, quanto mais não seja, nós, Portugueses ainda com maiúscula, saber honrar os quase 900 anos de História.
3 comentários:
Põe o dedo na ferida. A mesma crítica vale para o meu país. Obrigado pela visita e pelo comentário.
Beijo
Continuo a gostar muito de te ler (venho de cima).
Hey, I am checking this blog using the phone and this appears to be kind of odd. Thought you'd wish to know. This is a great write-up nevertheless, did not mess that up.
- David
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