«Cresci para a língua portuguesa desde muito cedo e arrastei-a comigo, com a pintura, como um bicho amigo, até hoje, sem ter nenhuma das credenciais da erudição em línguas. «Escrevi, amei e até cri», a memória de Fernando Pessoa, devassada mas autêntica. A arte que escolher a cada momento inclui sempre a nossa língua – o ser com ela.»
Rocha de Sousa
O encontro com as Artes se faz atravessando uma porta belíssima de bronze, ilustrando-as desde a Música até à Imagem, da autoria do escultor José Aurélio, que disponibilizou, para a sua terra natal, um espaço da herança particular para uma galeria de arte a que deu o nome de Armazém das Artes, espaço este sendo utilizado, em décadas anteriores, como armazém de vinhos, depois de ter laborado como serralharia, onde se produziam os mais diversos objectos metalúrgicos, no início do último século.
Para além desta porta, um conjunto de obras da autoria de José Aurélio, abrangendo várias épocas e fases do seu percurso de escultor, constitui o núcleo permanente de escultura do Armazém das Artes, assim como uma colecção de peças de máquinas raras dos primórdios da era industrial, para além da exposição de outras obras de artistas renomados, representativas da arte contemporânea portuguesa.
E foi com alguma surpresa e muito gosto que me deparei com uma esplêndida e harmoniosa peça de fotomontagem de Rocha de Sousa, o artista plástico multifacetado, de quem aprecio – por maior e melhor conhecimento – a obra literária, e que tenho a honra de ter como comentador assíduo dos meus humildes escritos por aqui. Deixo as imagens que pude registar, com uma saudação especial para o pintor-cineasta-escritor.
Alcobaça, para sempre guardiã de Inês (e Pedro),A Castro de António Ferreira,
4 comentários:
Dois distintos e contudo complementares polos de interessa na cidade: o mosteiro e o Armazém. E, como bónus, o que se vai encontrar dentro do Armazém:))
Pois para a semana passarei por lá!
belos percursos...
beijo
O pintor-escritor-e-mais-qualquer-
coisa agradece a Jawaa a citação e a
notícia suscitada em torno da viagem
a Alcobaça. Viajar assim abre jane-
las para a vida e é bom sentir a ratificação de um encontro virtual com outro que passa pelo corpo de uma obra de arte ainda recente. Vejo
que tudo foi pacificante e que Joaé
Aurélio (meu amigo) a tocou pela positiva. Por mim, obrigado.
Tenho que lá ir...
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