«Das coisas
Que competem aos poetas
Oh as casas, as casas, o valor do vento
Nada consta
Peregrino hóspede sobre a terra
Um quarto
As coisas
A cabeça
Onde só o silêncio é soberano…»
Ninguém nos ensina o alvorecer.
É preciso estar presente e sentir, ouvir, palpar, olhar as tonalidades do novo dia. Com o determinismo que os milénios nos ensinaram, sabemos que o sol aparece naquele mesmo horizonte, à direita da Estrela Polar que fenece.
Ir ao encontro do dia sobre o Atlântico é revigorante para uma alma escurecida já por uma saudade futura. Num repente, a claridade surge não se sabe donde, um momento após a escuridão total, subitamente, num abrir de olhos fechados há minutos.
É num momento assim que tudo se suspende em nós. Vagamos no espaço vazio, na paz e quietude que dura poucos minutos, esquecido o que fomos, o que seremos. Apenas e só o presente efémero.
Há que fazê-lo, o turbilhão vem aí. As guerras, as crianças maltratadas, a violência gratuita, o desemprego, a fome, a injustiça, a incerteza do futuro.
sexta-feira, outubro 06, 2006
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2 comentários:
Mas é possível mudarmos o turbilhão... beijo e bom feriado...
Então e o regresso, a sério, é quando? agora já não há desculpa...
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